Bactérias que nos mantêm saudáveis

sábado, fevereiro 20, 2010

Investigadores estabelecem gene referencial
para intestino do microbioma humano

Bactérias que regulam a flora intestinal
Bactérias que regulam a flora intestinal
Milhares de bactérias, fungos e outros micróbios que vivem na nossa flora intestinal têm uma função essencial para nos mantermos saudáveis. Para além de eliminarem toxinas, ainda produzem vitaminas e aminoácidos, e formam uma barreira contra invasores.

Um estudo publicado na última edição da revista «Nature» mostra que, em 3.3 milhões, genes microbianos existentes nos intestinos superam em larga escala o número estimado para o corpo humano. Cientistas do Laboratório Europeu de Biologia Molecular (EMBL), em Heidelberg (Alemanha) – em colaboração com o projecto MetaHIT e colegas chineses do Instituto Genómico de Pequim –, estabeleceram um gene referencial para o intestino do microbioma humano, através de uma espécie de catalogação.

O trabalho mostra que podem ser usadas técnicas fiáveis para sequenciar amostras ambientais, e permitindo compreender melhor como manter o equilíbrio microbiano. “Saber que combinação de genes é necessária para preservar o equilíbrio dos micróbios que prosperam no nosso intestino, permite-nos usar amostras de fezes, uma forma de análise não-invasiva, como medida de saúde”, explicou Peer Bork, do grupo EMBL.

Segundo este investigador, “Um dia poderemos tratar alguns problemas de saúde, através de um iogurte que contenha a bactéria certa no seu fabrico”. Recorde-se que já existem iogurtes com ‘bífidus activo’ que permitem obter uma melhoria da digestão e do funcionamento do intestino, alterando a flora intestinal de modo a preservar o equilíbrio bacteriano.

O catálogo de genes microbianos acostados pelo intestino humano também será útil como uma referência para futuros estudos, com o objectivo de investigar as relações entre a constituição genética das bactérias e doenças específicas ou o estilo de vida das pessoas, tais como a dieta praticada.

Investigadores defendem um dia bastará comer iogurtes como  tratamento
Investigadores defendem um dia bastará comer iogurtes como tratamento
Para obter o quadro completo dos genes de microbianos presentes no intestino humano, a equipa de Bork centrou-se no campo da metagenómica (área científica recente e em grande desenvolvimento que consiste na análise de genomas); para isso, os investigadores recolheram amostras ambientais que pretendiam estudar e das quais queriam sequenciar o material genético. Eles foram os primeiros a empregar um método chamado ‘Illumina’ sequenciação metagenómica, dissipando dúvidas anteriores sobre a viabilidade da utilização desta técnica para tais estudos.

Bactérias sobreviventes

Do ponto de vista bacteriano, o intestino humano pode não ser o melhor lugar para morar, com um pH baixo, pouco oxigénio e luz. Além disso, têm de desenvolver meios para sobreviver aos desafios do ambiente onde se encontram – precisamente um dos pontos que este estudo tenta desvendar.

A equipa de investigação conseguiu identificar os genes que cada bactéria precisa para sobreviver no intestino, assim como os que são necessários para a comunidade [de bactérias] se desenvolver; mas não terá de acontecer da mesma forma com todas: se uma precisar de produzir um determinado composto, outra poderá não precisar de fazê-lo.

Este avanço pode explicar outra das conclusões a que chegaram os cientistas, nomeadamente que o intestino microbiano de diferentes seres humanos é mais semelhantes do que se pensava: parece haver um conjunto comum de genes em pessoas diferentes, provavelmente porque conseguem assegurar determinadas funções. No futuro, os investigadores querem tentar perceber se a mesma espécie ou diferentes bactérias contribuem para estes genes em diferentes seres humanos.

Fonte: http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=40323&op=all#cont

Teoria de Darwin pode ser mais complexa do que se pensava

sexta-feira, fevereiro 19, 2010

Investigadores portugueses descobrem variação genética que pode ajudar a tratar a malária

Estudo pode ajudar a tratar a malária
Estudo pode ajudar a tratar a malária
Investigadores da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa descobriram um processo evolutivo que vai permitir perceber melhor os agentes causadores de doenças como a malária ou a doença do sono e ajudar a combatê-los.

A descoberta, produto de três anos de trabalho de Paula Gonçalves e José Paulo Sampaio, investigadores do Centro de Recursos Microbiológicos, em parceira com investigadores norte-americanos, foi publicada esta quinta feira na revista Nature.

Os investigadores explicaram à Lusa que “este trabalho demonstra que a selecção natural das espécies - teorizada por Charles Darwin há 150 anos - consegue actuar de forma muito mais complexa do que o que se supunha”.

E clarificaram: “De um modo geral, os organismos que pertencem à mesma espécie têm um património genético idêntico. Isto é válido para todas as espécies e acontece porque a selecção natural favorece normalmente uma única versão de cada gene”.

Até agora, acrescentaram, “as diferenças entre indivíduos da mesma espécie tinham sido detectadas apenas para uma região delimitada do genoma”.

Com este estudo, que foi feito comparando duas populações de microrganismos - leveduras muito semelhantes, por exemplo, à do fermento de padeiro - que vivem na casca do carvalho português e japonês, encontrou-se uma diferença nunca vista entre indivíduos da mesma espécie.

Charles  Darwin, o evolucionista
Charles Darwin, o evolucionista
“É uma diferença muito marcante: envolve seis genes localizados em cinco cromossomas diferentes”
, dizem.

“Aquilo que vamos tentar perceber agora”, explicam, “é por que é que, sendo os nichos ecológicos das populações de leveduras do Japão e de Portugal idênticos, e as populações da mesma espécie, a sua diferença genética é tão marcada”.

Variações genéticas

Os investigadores explicam que, para o caso, não interessa se se trata de plantas, animais, ou pessoas: “Interessa apenas que são da mesma espécie: em biologia as leis que afectam uns afectam outros”.

Assim sendo, e como até à data ainda não se tinha descoberto uma diferença tão complexa entre indivíduos que se cruzam sexualmente, os investigadores supõem que ela possa existir noutros organismos.

“Estão aqui em causa as variações genéticas dos micróbios, que se relacionam com a sua maior ou menor capacidade de nos atacar, modificando-se, adaptando-se”, ilustram.

Cientistas da FCT UNL fizeram parte do estudo
Cientistas da FCT UNL fizeram parte do estudo
Paula Gonçalves e José Paulo Sampaio esperam, por isso, que esta descoberta possa abrir caminho para perceber melhor as variações genéticas e capacidade de adaptação de agentes patogénicos para o Homem - como é o caso dos agentes causadores da malária ou da doença do sono - e possa contribuir para o combate a estas doenças.

“Conhecendo os seus mecanismos estamos mais bem equipados para combatê-las”, concluem.




Fonte:http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=40318&op=all#cont

Programa de auto-controlo pode reduzir bullying nas escolasPrograma de auto-controlo pode reduzir bullying nas escolas

quinta-feira, fevereiro 18, 2010

Crianças que aprendem a lidar com as emoções têm maior sucesso escolar

Crianças podem aprender a lidar com as emoções
Crianças podem aprender a lidar com as emoções
O suicídio de Leandro Filipe, que na passada terça-feira se atirou ao Rio Tua, trouxe novamente para a praça pública o tema do bullying. Desde então já chegaram às páginas dos jornais outros relatos de violência na Escola Luciano Cordeiro, em Mirandela, que ainda não se pronunciou sobre o assunto.

Este caso, a juntar a outros relatos que aos poucos estão a chegar, vem despertar o país para uma realidade muitas vezes escondida mas que acontece com frequência dentro das escolas portuguesas.

Foi hoje publicado no Journal of Abnormal Child Psychology um estudo que pode ajudar a combater este problema. A tese inicial é que crianças que aprendem a controlar a sua raiva e outras emoções têm melhor comportamento na sala de aula, apresentando menos medidas disciplinares ou suspensões.

O estudo da Universidade do Centro Médico de Rochester, nos Estados Unidos, vem comprovar que as crianças com programas de orientação de controlo de emoções têm metade das probabilidades de ter qualquer incidente disciplinar.

Durante os três meses de análises, as crianças em estudo tiveram também uma diminuição em 43 por cento de suspensões em comparação com o grupo que não recebeu a orientação de capacidades de auto-controle.

Quatro meses após o início da intervenção, 1.8 por cento das crianças do grupo mentor foram suspensas em comparação com os 6,1 por cento do grupo de controlo.

Lidar com as emoções


Crianças podem melhorar aproveitamento escolar
Crianças podem melhorar aproveitamento escolar
“É interessante que os mentores adultos, que não são profissionais de psiquiatria, ensinaram às crianças um conjunto de competências que reforçou significativamente a capacidade dos alunos para se comportarem nas salas de aula e responder às expectativas da escola”
, afirmou Peter Wyman, o principal autor do artigo e professor de Psiquiatria do centro médico.

"Este estudo sugere que, com orientação adequada de um adulto, as crianças são capazes de aprender muito sobre as suas emoções e a lidar com elas de forma eficaz. Essas competências podem ter benefícios directos para o funcionamento das escolas”, concluiu o mesmo investigador.

Fonte:http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=40345&op=all#cont

Asmáticos têm maior risco de depressão

quarta-feira, fevereiro 17, 2010

Stress agrava gestão de doenças crônicas


Asma  potencia doenças psicológicas
Asma potencia doenças psicológicas
A taxa de prevalência de depressão e ansiedade é mais elevada nos indivíduos que sofrem de asma, revela um novo estudo.

A asma aumenta o risco de desenvolvimento de problemas psicológicos, sugere uma nova investigação publicada no jornal Chest.

De acordo com os autores, os asmáticos têm o dobro da probabilidade de sofrerem de depressão ou ansiedade, comparativamente às pessoas que não têm aquela doença respiratória. Além disso, quando os sintomas depressivos ou ansiosos se acentuam, a asma tem tendência a agravar-se.

Os investigadores acreditam que estes resultados podem aplicar-se também a outras doenças crónicas, como a diabetes, e alertam para o facto de o stress psicológico tornar a gestão destas doenças mais difícil.

Os cientistas alertam os médicos para não subestimarem o factor psicológico nos doentes crónicos.

Neste estudo, os investigadores fizeram uma revisão dos dados referentes a 186 738 adultos, dos quais sete por cento tinham asma.

A taxa média de prevalência de distúrbios psicológicos no total dos participantes era de três por cento, mas no grupo dos asmáticos esse valor subia para os 7,5 por cento.

Fonte:http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=40356&op=all#cont

Como aumentar o seu QI

terça-feira, fevereiro 16, 2010

Você lê livros de teorias freudianas, calcula a raiz quadrada das ovelhinhas quando vai dormir, estuda conceitos filosóficos. Mas chega uma hora que ficar mais esperto é muito difícil. a solução: estudos que provam ser possível aumentar sua capacidade cognitiva.

VISTA UMA ROUPA DIFERENTE

A rotina acomoda nossos neurônios, que deixam de criar novas sinapses. É como se o cérebro funcionasse apenas no automático. Vestir alguma coisa que não está acostumado, por exemplo, obriga as células do cérebro a aumentar os dendritos - braços do neurônio por onde as informações são transmitidas. E, quanto mais caminhos, melhor.

APRENDA CHINÊS

É muito mais fácil aprender espanhol. Há um motivo para isso: quando a língua é similar à nossa, ela passa a compartilhar a mesma área cognitiva que já usamos. Para aprender chinês, é preciso ativar uma nova rede de células. É a mesma lógica de sair da rotina. Mas aqui, uma área específica do cérebro é ativada: a da linguagem.


TOME BANHO DE OLHOS FECHADOS

Assim você aumenta o número de ligações entre os neurônios, desenvolvendo a propriocepção - capacidade de reconhecer os membros em relação ao resto do corpo. Como efeito colateral, todos os seus sentidos ficam mais aguçados - visão, olfato, tato. Mas talvez você descubra que não gosta do cheiro do seu sabonete...

BEBA CAFÉ

Nem de mais, nem de menos. Quatro xícaras por dia são o suficiente. A cafeína bloqueia os receptores da adenosina, neurotransmissor que causa a sonolência. Com café nas veias, você aumenta a velocidade do processamento de informações e fica mais atento para concluir tarefas complexas, como uma prova de química.

DURMA 8 HORAS POR NOITE

O sono se divide em duas partes. A primeira dura cerca de 1h30 e regenera as células lesadas durante o dia, recuperando o organismo. Na segunda etapa, a memória é reorganizada. Em um adulto de hábitos normais ela dura entre 6 e 7 horas. Se você acordar antes disso, pode atrapalhar os processos de consciência.

OUÇA MOZART

A música do compositor austríaco estabiliza no cérebro as ondas alfa, que se associam à diminuição da tensão mental. É o chamado efeito Mozart. O som estimula áreas relacionadas à memória e exige uma atividade mental complexa, pois seus códigos são baseados em notas e em seqüências de tempo. Só que os efeitos da melhora têm vida curta: de 15 a 20 minutos.


Fonte: http://super.abril.com.br/historia/como-aumentar-seu-qi-446948.shtml

Cerveja pode ajudar a fortalecer os ossos

segunda-feira, fevereiro 15, 2010

cerveja01

Um estudo coordenado pela Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, garante que alguns tipos de cerveja são ricos em nutrientes que ajudam a prevenir doenças que enfraquecem os ossos, como a osteoporose. Mas os cientistas alertam: esse efeito depende do tipo de cerveja que você toma.

De acordo com o estudo, o principal nutriente benéfico aos ossos presente na cerveja é o silício, encontrado em maior quantidade nas cervejas fabricadas com cevada e lúpulo. Já aquelas preparadas com outros grãos, como trigo e milho, apresentam os menores índices de silício. O mesmo acontece nas cervejas escuras, onde o processo de torração dos grãos de cevada reduziria a quantidade do nutriente.

Para a pesquisa, foram analisadas 100 marcas de cervejas comercializadas e seus métodos de produção. Os resultados do estudo foram publicados na revista especializada Journal of the Science of Food and Agriculture. Os cientistas descobriram que mais da metade do silício presente na cerveja pode ser imediatamente absorvido pelo corpo.

Segundo os pesquisadores, os resultados da pesquisa mostram que o consumo moderado de cerveja pode ajudar a combater a osteoporose, doença que provoca a deterioração da densidade dos ossos ao longo do tempo e favorece a ocorrência de fraturas. O estudo foi coordenado por Charles Bamforth, professor de Ciências da Cerveja na Universidade da Califórnia.

Apesar da novidade, especialistas advertem para o consumo de álcool. “Esses resultados reproduzem estudos anteriores que garantem que ingerir bebidas alcoólicas de maneira moderada pode ser benéfico para os ossos. No entanto, não recomendamos a ninguém que o aumente no consumo de álcool com base nesses estudos”, afirmou Claire Bowring, da Sociedade Nacional de Osteoporose da Grã-Bretanha, ao jornal The Guardian. “Existem outras preocupações ligadas ao álcool que não podem ser ignoradas”, concluiu Bowring.

Beba com Moderação. Se Beber não Dirija.

Fonte: http://www.veja.com

Pentágono financia projeto de organismos sintéticos imortais

terça-feira, fevereiro 09, 2010

BioDesign é apresentado no programa de financimaneto para 2011 da DARPA

A agência do Pentágono DARPA (Defense Advanced Research Projects Agency) vai investir seis milhões de dólares para a pesquisa na criação de organismos sintéticos com capacidade de viverem para sempre.

O DNA desses organismos será manipulado para os fazer imortais ou morrerem quando lhes for indicado. Este projecto para criar vida artificial será desenvolvido a partir deste ano e poderá ter propósitos militares.

O projecto, intitulado «BioDesign», foi apresentado no programa de financiamento para 2011 desta agência e já está a provocar polémica. Em alguns meios de comunicação já se fala da criação de “replicantes”, como no famoso filme de Ridley Scott, «Blade Runner», baseado livro de ficção científica escrito em 1968 por Philip K. Dick.

O que se pretende, pode ler-se no resumo do projeto é “eliminar a aleatoriedade do avanço evolutivo natural, principalmente através da engenharia genética e das tecnologias de biologia molecular, para se conseguir produzir um determinado efeito”.

No documento diz-se ainda que o objetivo é “desenvolver uma sólida compreensão dos mecanismos colectivos que contribuem para a morte da célula de modo a permitir a criação de uma nova geração de células regenerativas que podem ser programadas para viver indefinidamente”.

Fonte:http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=39484&op=all#cont

Microrganismo ressurge após 120 mil anos

segunda-feira, fevereiro 08, 2010

Paciência e uma incubadora conseguiram fazê-lo procriar novas colônias

Microrganismo recém descoberto visto de um poderoso microscópio

Cientistas trouxeram de volta à vida um microrganismo recém-descoberto, após mais de 120 mil anos de hibernação − o que dá esperanças quanto ao ressurgimento de vida dormente em Marte. O minúsculo microrganismo roxo, denominado Herminiimonas glaciei, estava preso sob quase 3km de gelo, na Groenlândia. Foram necessários 11 meses para reanimá-lo, aquecendo-o aos poucos em uma incubadora. O microrganismo finalmente tornou a viver e iniciou a produção de novas colônias com bactérias marrom-arroxeadas.

Os cientistas espaciais estão animados com a descoberta, pois sugere que criaturas alienígenas podem ser reanimadas em outros planetas congelados – especialmente no planeta vermelho. A Nasa revelou no ano passado que colunas de metano, em Marte, poderiam ser produzidas por organismos vivos. Alguns pesquisadores acreditam que, no planeta vermelho, vários microrganismos estejam dormentes sob uma grossa camada de gelo subterrâneo. Uma futura missão espacial poderá desenterrá-los e trazê-los de volta à vida.

A sonda espacial europeia Mars Express localizou outras regiões que potencialmente abrigam formas primitivas de vida alienígena. O mais novo inseto da Terra foi encontrado pela dra. Jennifer Loveland-Curtze e por uma equipe de cientistas da Pennsylvania State University. Essa equipe demonstrou ter uma paciência enorme para reanimar esse microrganismo hibernante.

Primeiro, incubaram as amostras a 2°C, por sete meses, e, depois, a 5°C, durante mais quatro meses e meio. Após esse período, observaram-se colônias de uma minúscula bactéria marrom-arroxeada. O microrganismo H. glaciei é muito pequeno – 10 a 50 vezes menor que a E. coli. Segundo os especialistas, esse tamanho diminuto provavelmente o ajudou a sobreviver nos canais aquosos, situados entre os cristais de gelo e a fina película líquida que os envolve.

Segundo explicações da dra. Loveland-Curtze, microrganismos semelhantes a este podem existir em outros planetas e o estudo desses seres, em condições extremas na Terra, deve fornecer pistas sobre quais tipos de formas de vida poderiam sobrevier em outros locais do sistema solar.

Ao site Skymania News, a doutora deu a seguinte declaração: “Muitos cientistas consideram que o gelo polar terrestre reúne as condições mais parecidas com as encontradas pelas vidas extraterrestres, particularmente onde se detectou água congelada. O gelo polar do nosso planeta pode preservar células microbianas e ácidos nucleicos por centenas de milhares de anos. Essas células estão sendo cultivadas por uma camada de gelo de 750 mil anos e um permafrost de vários milhões de anos.” No entanto, ela complementa: “Neste momento, não podemos afirmar ainda se alguma célula marciana, caso exista, poderá vir a ser reanimada”.

Insetos anteriormente encontrados no Ártico canadense foram despertados após 30 mil anos de hibernação. Um dos maiores estudiosos britânicos sobre Marte acredita que os microrganismos marcianos podem também estar dormentes, aguardando para ser reanimados. Dr. John Murray, da Open University britânica e principal cientista da missão européia Mars Express, descobriu fortes evidências de um extenso oceano congelado, situado sob a poeira localizada perto do equador daquele planeta, onde formas primitivas de vida poderiam surgir como micróbios.

Fonte: http://www2.uol.com.br/sciam/noticias/microrganismo_ressurge_apos_120_mil_anos.html

Mexicanos desenvolvem plástico biodegradável

domingo, fevereiro 07, 2010

Matéria-prima competitiva pode ser criada a partir de milho, sorgo, cana-de-açúcar ou tapioca

A  intenção é criar resina ambientalmente responsável
A intenção é criar resina ambientalmente responsável
Investigadores mexicanos, do Tecnológico de Monterrey – uma universidade virtual que se estende pelo território do país Sul-americano –, desenvolveram um plástico biodegradável a partir de ácido poliláctico, uma substância que se obtém a partir de milho, tapioca, cana-de-açúcar e sorgo (cereal).

Perante a necessidade de contar com determinadas matérias-primas para criar diversos plásticos biodegradáveis, os cientistas de Monterrey propuseram desenvolver uma resina com ácido poliláctico, uma alternativa ao fabrico de objectos de plástico, como sacos, garrafas, talheres, entre outros.

“A ideia é criar um plástico biodegradável através de produtos naturais como milho, sorgo ou cana-de-açúcar”, explicaram os engenheiros Hazael Pinto Piña e Álvaro Carlos Rodrígue, do Tecnológico de Monterrey, Campus Monterrey. Segundo estes investigadores, “o material final não é um plástico convencional, mas uma resina com propriedades biodegradáveis, através de uma fonte renovável”.

“Primeiro, fazemos o ácido láctico – a matéria-prima do plástico –, depois procuramos purificá-lo e finalmente, polimerizamos o ácido puro e desenvolvemos a resina”, continuaram.

A investigação começou há já alguns anos no Centro de Biotecnología del Tecnológico de Monterrey. A proposta inicial é produzir apenas a matéria-prima, ou seja, o ácido poliláctico, e posteriormente, iniciar o fabrico destes novos produtos plásticos. O mercado mexicano é bastante amplo para este tipo de material e a resina, actualmente, é importada a um preço elevado.

"A nossa intenção é criar uma resina ambientalmente responsável e que, ao mesmo tempo, possa responder às necessidades dos produtores e consumidores, ou seja, a um preço competitivo e que chegue ao consumidor final de forma acessível", concluiu, Pinto Piña.

Fonte:http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=39508&op=all#cont

Quem ri por último, ri melhor – e as mulheres são mestres nisso

sábado, fevereiro 06, 2010


"Senta, Kermit. O que eu tenho para te dizer pode ser um pouco chocante..."


Sabe aquela história de que mulher demora para entender a piada? Pois é, agora isso já tem confirmação científica. Em contrapartida, depois que entendem, as mulheres se divertem muito mais com as piadas do que os homens.

Em um estudo feito por cientistas da Universidade de Stanford, na Califórnia, vários quadrinhos engraçados eram mostrados a homens e mulheres enquanto eles tinham a atividade cerebral monitorada. Os resultados revelaram que as mulheres usam o cortex pré-frontal – parte do cérebro responsável pela interpretação de linguagem e análises complexas - mais do que os homens, e, por isso, demoram mais para reagir às piadas.

Além disso, elas demonstraram preferência pelo humor mais sofisticado, com trocadilhos e narrativas, enquanto os homens gostam mesmo de um humor pastelão.

Fonte:http://super.abril.com.br/blogs/cienciamaluca/219563_post.shtml

Existem animais que não bebem água?

sexta-feira, fevereiro 05, 2010

Foto: Dipodomys sp

Sim, existem alguns mamíferos que conseguem viver sem o líquido. O rato-canguru (Dipodomys sp) é um deles. O bichinho vive nas regiões central e oeste da América do Norte, áreas que ficam secas durante vários meses do ano. “A maioria das espécies de rato-canguru não necessita beber água nem comer plantas suculentas”, diz Daniel Williams, professor de zoologia da Universidade do Estado da Califórnia, nos Estados Unidos. Na maioria dos animais, quando ocorre o metabolismo dos alimentos, água e CO2 são gerados como subprodutos e são perdidos pelo organismo. A diferença é que animais como o rato-canguru conseguem manter essa água, perdendo pouco líquido na urina e no suor, por exemplo. “Muitos outros mamíferos também sobrevivem sem água. Você pode encontrar diferentes tipos de roedores e outros pequenos mamíferos que têm essa habilidade em todo continente, em qualquer lugar em que haja ecossistemas áridos”, diz Williams. Os peixes também conseguem sobreviver sem beber água: eles raramente ingerem o líquido, mas a água circula no corpo deles por outras vias.

Fonte: http://mundoestranho.abril.com.br/mundoanimal/existem-animais-nao-bebem-agua-531334.shtml