O Sol observado ao pormenor

sábado, abril 24, 2010

Observatório Dinâmico Solar, da NASA,
permitirá conhecer melhor a nossa estrela



Lan
çado pela NASA no passado mês de Fevereiro, o Observatório Dinâmico Solar (SDO) já está a enviar imagens do Sol. Estas confirmam a capacidade que o dispositivo tem para revelar novas informações acerca dos processos dinâmicos da nossa estrela. Algumas das imagens mostram explosões solares com um detalhe nunca antes conseguido. O SDO fez também a sua primeira medição em alta definição de explosões solares com uma ampla gama de comprimentos de onda ultravioletas.

Os investigadores da NASA – Agência Espacial Norte-Americana acreditam que o SDO vai mudar o que se sabe sobre o Sol e de que modo os seus processos podem afectar a vida na Terra. “Esta missão vai ter um grande impacto na ciência, semelhante ao que teve o Telescópio Espacial Hubble”, diz em comunicado Richard Fisher, um dos responsáveis pelo projecto.

O SDO, que foi lançado em 11 de Fevereiro de 2010, vai ter uma missão de cinco anos. Durante esse tempo analisará o campo magnético do Sol e proporcionará uma melhor compreensão acerca papel do Sol na química da atmosfera da Terra e no clima.

O observatório fornecerá imagens com dez vezes mais pormenor do que a televisão de alta definição e enviará dados mais abrangentes e com mais rapidez do que qualquer outra sonda solar.

Fonte:http://www.cienciahoje.pt/

Quem envia sinais de rádio a partir da galáxia M82?

sexta-feira, abril 23, 2010

Investigadores desconhecem objeto que emite ondas nunca antes observadas em todo o Universo


Galáxia  M82 (Crédito: NASA, ESA e The Hubble Heritage Team)
Galáxia M82 (Crédito: NASA, ESA e The Hubble Heritage Team)
Algo estranho está a passar-se nas proximidades da nossa galáxia. A menos de 12 milhões de anos-luz da Via Láctea, um misterioso objecto começou a emitir ondas de rádio, numa forma que era desconhecida até ao momento em todo o Universo.

Os astrónomos questionam-se sobre o que pode estar a causar as estranhas emissões, mas a verdade é que estes sinais não são compatíveis com nenhum dos fenómenos conhecidos.

Segundo os cientistas, a resposta mais plausível terá a ver com a própria galáxia onde se encontra o estranho emissor. A M82 é, de facto, uma starburst galaxy, ou em português, uma galáxia de explosão estelar, na qual a taxa de nascimento de estrelas é muito superior a uma galáxia normal.


Por este motivo, a M82 é até cinco vezes mais brilhante que a Via Láctea. No entanto, e após um ano de intensas observações, a realidade é que ninguém sabe ainda explicar a razão das microondas.

“Não sabemos o que é”, afirma Tom Muxlow, do Centro de Astrofísica Jodrell Bank, na Grã-bretanha, e co-descobridor deste fenómeno.

Velocidade mais rápida do que a luz

A estas características insólitas junta-se mais uma também surpreendente: a velocidade aparente do objecto é quatro vezes superior à da luz, ou seja, um milhão e duzentos mil quilómetros por segundo.

Sala de controlo do Centro de Astrofísica Jodrell Bank
Sala de controlo do Centro de Astrofísica Jodrell Bank
Até então, essas classes de velocidades supraluminais tinham sido apenas observadas em fluxos de matéria que expelem alguns dos maiores buracos negros do Universo.

“O novo objeto, que apareceu em Maio de 2009, deixou-nos a pensar. Nunca tínhamos visto nada sequer parecido”, assegura Muxlow.

Brilho intenso e constante

Desde essa data, os investigadores têm estudado algumas das características da galáxia. Por exemplo, a rotação e o brilho: “O objecto gira muito rapidamente, uma vez a cada poucos dias e o brilho não dá sinais de atenuar desde que foi detectado”, explica o cientista.

Estes dados descartam a possibilidade de o objecto ser uma supernova, algo considerado habitual em galáxias como a M82. Se assim fosse, o objecto brilharia em longitudes de onda de rádio durante apenas algumas semanas para depois ir apagando-se em poucos meses − o que não está a acontecer a este objecto, cujo brilho permanece constante.

O objecto, ainda sem nome, foi descoberto casualmente enquanto a equipa de Muxlow estudava uma explosão estelar na M82, utilizando a rede de radiotelescópios britânica MERLIN. Os cientistas depararam-se com um potente emissor que, ao contrário das supernovas não se apagava lentamente, mas que mudava de intensidade de brilho ao longo de todo o ano, mantendo um espectro constante.

Imagem rádio da M82 através da MERLIN. Captada entre 25 de Abril e 3  de Maio de 2009, demonstra  a aparição súbita do misterioso objecto
Imagem rádio da M82 através da MERLIN. Captada entre 25 de Abril e 3 de Maio de 2009, demonstra a aparição súbita do misterioso objeto


Os restos de uma explosão de estrelas

O objecto em questão não esta próximo do centro do M82, onde o grande buraco negro central pode expulsar matéria a velocidades aparentemente similares, mas encontra-se na sua periferia, onde esta classe de fenómenos relativistas não é de todo possível.

Existem poucas possibilidades que expliquem a existência do objecto. Uma delas é que se trate de um pequeno microquasar, ou seja, o restante de uma explosão de uma estrela massiva, um pequeno buraco negro ou uma estrela de neutrões de entre dez a vinte massas solares que começa a alimentar-se de uma outra.

Os microquasares emitem ondas de radiofrequência, mas nenhum dos anteriormente observados o faziam com intensidade detectada no M82.

Alem disto, os microquasares emitem também raios X, mas o misterioso objecto permanece em silêncio absoluto nessas longitudes de onda.

Corpos densos numa galáxia especial

Poderá tratar-se de um megamicroquasar? Muxlow não se atreve a afirmar tal coisa e prefere não arriscar até possuir mais dados. Para o investigador, a melhor explicação é que esta estranha fonte de rádio é alguma classe de corpo muito massivo e denso, talvez um buraco negro numa estrutura pouco habitual.

Impressão artística de um microquasar
Impressão artística de um microquasar
Como a M82 é uma galáxia com uma elevada taxa de formação estelar, pode ser que essa característica lhe permita a existência de tais objectos, desconhecidos nas outras galáxias.

“Acabamos de começar a processar os dados da região central da M82 procedentes de vinte radiotelescópios de todo o mundo. Essas imagens vão permitir-nos examinar a estrutura da nova fonte de rádio com mais detalhe. De qualquer modo, processar uma quantidade tão grande de dados será um trabalho árduo e penoso”
, afirma Muxlow que conclui: “Só depois poderemos dizer efectivamente se se trata ou não de uma forma rara de microquasar” ou de algo novo e completamente desconhecido até ao momento.

Fonte:http://www.cienciahoje.pt/

Um embrião com três pais

quinta-feira, abril 22, 2010

Duas mulheres e um homem envolvidos na concepção podem ajudar a evitar doenças


Técnica através da fertilização in vitro para evitar  doenças
Técnica através da fertilização in vitro para evitar doenças
A última descoberta da fecundação in vitro é o transplante de DNA − uma técnica que utiliza óvulos de duas mulheres e esperma de um homem para conceber embriões sem doenças graves.

Para ter um filho saudável pode não bastar apenas um óvulo e um espermatozóide. Nas famílias em que há incapacidades como a distrofia muscular ou a ataxia cerebral, de geração em geração, a solução poderia passar por submeter-se a um novo procedimento que permite eliminar essa herança imperfeita em laboratório.


Cientistas da Universidade de Newcastle, no Reino Unido, demonstraram que é possível criar embriões humanos saudáveis a partir de material genético de duas mulheres e um homem. A investigação, publicada na mais recente edição da Nature, poderá estar disponível nas clínicas de reprodução assistida dentro de três anos

A técnica foi pensada para evitar a transmissão de doenças mitocondriais, um grupo de 150 patologias não muito frequentes, mas devastadoras. São doenças que causam demência, cegueira, distúrbios no sistema nervoso e nos órgãos vitais como no coração ou nos rins. Transmitem-se por via materna, através do DNA que existe nas mitocôndrias, fora do núcleo do óvulo.

Estas estruturas estão em todas as células do organismo, excepto no sangue. As mitocôndrias são responsáveis pela produção da energia necessária à vida. Uma característica única destes organelos celulares é que o seu próprio DNA é procedente da mãe.

Mitocôndrias a vermelho e núcleo a azul
Mitocôndrias a vermelho e núcleo a azul
Para evitar a transmissão dessa carga genética, que pode transportar doenças, a nova técnica baseia-se num “transplante de mitocôndrias” ao embrião. Através da fecundação in vitro, extraem-se os núcleos dos espermatozóides do pai e o óvulo da mãe, que contêm o DNA dos pais, onde as mitocôndrias defeituosas não entram. Os núcleos são implantados posteriormente no óvulo de uma mulher saudável, sem o núcleo mas com as suas mitocôndrias.

Mudar a bateria

“O que fazemos é como mudar a bateria de um computador. Com a entrada de energia necessária, funciona correctamente e a informação do disco duro não se altera”, explica Doug Turnbull, responsável pela investigação.

As mitocôndrias não levam informação genética que define as características de uma pessoa. Deste modo, os bebés que nasçam através deste procedimento vão ser parecidos com os seus pais ‘reais’. Na sua concepção tiveram elementos genéticos de três pessoas, mas apenas o DNA nuclear dos seus pais terá influência na sua aparência física e noutras características gerais.

Com este processo, já se criaram 80 embriões viáveis que não se implantaram em nenhuma mulher. Mantiveram-se com vida em laboratório durante oito dias, até que alcançaram o estágio blastócito. Entretanto foram destruídos, como manda a legislação britânica.

A técnica não deixa de ser polémica porque supõe a manipulação do embrião e contém genes de três progenitores: do pai, da mãe mais um pequena adição de DNA mitocôndrial da doadora.

Fonte: http://www.cienciahoje.pt/

Cientistas apresentam antepassado da barata em 3D

sábado, abril 17, 2010

Estudo publicado na «Biology Letters» permite perceber algumas características até agora desconhecidas deste insecto

A partir de um exemplar fossilizado de um Archimylacris eggintoni, antepassado das baratas, das térmitas e do louva-a-deus, com 300 milhões de anos, uma equipa de cientistas do Imperial College de Londres concebeu um modelo detalhado em 3D. Esta simulação permitiu aos cientistas perceberem algumas das características deste insecto, um dos mais comuns do período Carbonífero.O estudo foi hoje publicado na «Biology Letters».



O estudo levado a cabo pelos investigadores Russell Garwood e Mark Sutton revela que o Archimylacris eggintoni, com nove centímetros de comprimento e quatro de largura, tinha um alto grau de adaptação ao seu meio ambiente.

Os investigadores criaram as imagens utilizando um dispositivo de exploração por tomografia axial computorizada (TAC), existente no Museu de História Natural de Londres, o que permitiu fazer mais de três mil radiografias do fóssil.

Estas foram posteriormente compiladas num modelo 3D pormenorizado permitindo observar partes do seu corpo nunca antes vistas, como as antenas ou a boca.

De referir que estes cientistas, utilizando a mesma técnica, apresentaram o ano passado um modelo 3D de Cryptormartus hindi e Eophynus prestvicii, antepassados das aranhas do mesmo perído.

Fonte:http://rsbl.royalsocietypublishing.org/content/early/2010/04/08/rsbl.2010.0199.abstract?sid=df200009-2cdc-4907-af40-08c3e0f4feb5

Nanorobótica terá mais impacto na saúde do que na informática

sexta-feira, abril 16, 2010

Produzir célular artificiais pode ser possível

A nanorobótica terá grande importância para a informática e para a electrónica, mas o seu “maior impacto será na biologia e na saúde”, prevê o cientista luso-americano Aristides Requicha.

O cientista, que ontem proferiu uma conferência em Coimbra, acredita que “a Internet se vai transformar num sistema gigante de robótica distribuída”, em que, além de “aceder à informação”, também será possível “actuar no mundo físico e ver o que está a acontecer”.

Nessa altura, “para se ter uma boa informação acerca do que acontece no mundo” serão, no entanto, necessários “sensores, motores e outras coisas, todas ligadas numa rede enorme”, sustenta.


Tais sensores vão ter de ser “muito pequenos - micro ou nano -, para serem práticos”, adverte o especialista de origem portuguesa, residente nos Estados Unidos desde a década de 70, onde dirige o Laboratório de Robótica Molecular da Universidade de Southern Califórnia.

Saúde e biologia

A electrónica e a informática sofrerão, com a nanotecnologia, “alterações profundas, mas a sua influência será ainda maior na biologia e na saúde”, afirma.

Sensores vão ser muito pequenos
Sensores vão ser muito pequenos
Mas antes é necessário, por exemplo, que “sejamos capazes de fazer células artificiais” e isso ainda “levará tempo”, embora “agora já se esteja numa fase de contacto íntimo entre células naturais e as artificiais”, que ainda estão longe da fórmula pretendida.

Aristides Requicha não tem, contudo, dúvidas de que “na questão da saúde há, nesta área, potencialidades enormes”, embora ainda estejam “muito longe de ser realizadas”.

“O que existe actualmente são drogas, remédios dirigidos especificamente a certas células”
e continuam por identificar quais as células que padecem de males, como, por exemplo, de cancro.

Importante é, por isso, “perceber melhor o que está a biologia a fazer”, diz Aristides Requicha, que falava depois da conferência que proferiu, esta tarde, no Instituto de Sistema de Robótica da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra.

Entender as células


“Quando soubermos melhor o que está a acontecer, o que é uma célula está a dizer à outra ou porque é que uma célula resolve suicidar-se, ultrapassamos certos problemas
”, porventura “determinantes”.

Aristides Requicha, cientista luso-americano
Aristides Requicha, cientista luso-americano
“Faltam ainda muitas descobertas”
, mas “estamos a dar passos animadores”, afirma o cientista.

A questão da saúde também será uma das preocupações do Laboratório Internacional Ibérico de Nanotecnologia, em Braga, disse Aristides Requicha, membro do Conselho Científico desta instituição que foi inaugurada no final do ano passado.

Fonte:http://www.cienciahoje.pt/

A Lua que seria um Planeta

quinta-feira, abril 15, 2010

Titã, o maior satélite natural de Saturno, não deveria ser chamado de lua. Tem uma atmosfera mais espessa que a da Terra e superfície acidentada
por Ralph Lorenz e Christophe Sotin
Ron Miller
Era uma noite escura e tempestuosa em Titã. Mas frequentemente é assim. Uma neblina espessa e fumacenta está em toda parte, obscurecendo o Sol e Saturno. A distância, a chuva cai torrencialmente.
Se não soubéssemos que as imagens vieram de Titã, poderíamos pensar que fossem de Marte ou mesmo da Terra. Algumas pessoas na sala de controle viram a costa da Califórnia, outras, a Riviera Francesa, e uma dela disse que a maior lua de Saturno parecia seu quintal em Tucson. Por três semanas, a sonda Huygens ficou à deriva, dormente, após se desprender da espaçonave Cassini e ser mandada a caminho de Titã. Assistindo às cenas ansiosamente, sentimos profunda conexão com a sonda. Não apenas havíamos trabalhado na missão durante grande parte de nossa carreira, mas desenvolvemos seus sistemas e instrumentação, pondo nossa mente em seu lugar para imaginar como ela funcionaria em um mundo alienígena e desconhecido. Imaginávamos que Titã fosse parecida com as outras grandes luas do Sistema Solar exterior, como Calisto, cheia de crateras, ou como Ganimedes, repleta de ranhuras.

E assim, em 14 de janeiro de 2005, no Centro Europeu de Operações Espaciais, em Darmstadt, Alemanha, as imagens causaram tanto júbilo quanto estranheza. Nenhum de nós esperava que a paisagem fosse tão parecida com a da Terra. Conforme a Huygens descia, as imagens aéreas mostravam canais afluentes de rios cortados por córregos pluviais. Ela pousou no solo úmido de uma recente enchente, decorado com pequenas pedras arredondadas. O que era estranho sobre Titã: sua misteriosa familiaridade.

Agora, cinco anos depois, tivemos tempo para digerir as descobertas da sonda e colocá-las no grande quadro que a Cassini gradualmente nos forneceu, tendo passado mais de 60 vezes por Titã em sua órbita fechada em torno de Saturno. Em tamanho (maior que Mercúrio), dinamismo (mais ativa que Marte) e atmosfera (mais espessa que a da Terra), Titã é um planeta com outro nome. Uma grande variedade de processos geológicos molda sua superfície. O metano desempenha o papel da água na Terra. Ele evapora dos lagos, forma nuvens, precipita como chuva, esculpe vales e flui novamente para os lagos. Se a atmosfera tivesse um pouco de oxigênio e a temperatura não fosse -180oC, você se sentiria em casa em Titã.

Fonte:http://www2.uol.com.br/sciam/reportagens/a_lua_que_seria_um_planeta.html

Âmbar africano com 95 milhões de anos revela fauna do Cretáceo

segunda-feira, abril 12, 2010

Resultados da investigação foram publicados na «Proceedings of the National Academy of Sciences – PNAS»


Animais no âmbar com 95 milhões de anos (clique para  ampliar)
Animais no âmbar com 95 milhões de anos (clique para ampliar)
A descoberta na Etiópia de um depósito de âmbar com 95 milhões de anos está a ajudar os cientistas a reconstruírem uma primitiva floresta tropical. As dezenas de insectos, fungos e aranhas presos no depósito dão pistas para se perceber aquele ecossistema partilhado com os dinossauros durante o período do Cretáceo.

Os resultados desta investigação, realizada por um grupo de 20 cientistas, estão agora publicados na «Proceedings of the National Academy of Sciences – PNAS».


Este é o primeiro depósito de âmbar do Cretáceo descoberto no hemisfério sul, naquele que era o super-continente Gonduana. Na investigação, revelaram-se espécies de insectos e aranhas até agora desconhecidos, bem como novos fungos e até uma bactéria.

A investigação desenvolveu-se em várias áreas. Alguns autores trabalharam no enquadramento geológico e analisaram os fósseis sepultados no âmbar. Os investigadores Paul Nascimbene, do Museu de História Natural (Nova Iorque) e Kenneth Anderson, da Southern Illinois University, estudaram o próprio âmbar.

Descobriram que a resina que escoou das árvores é quimicamente semelhante a âmbares mais recentes de depósitos do Mioceno, encontrado no México e na República Dominicana. É a única resina fóssil descoberta até à data do período Cretáceo. “A árvore que produzia a seiva ainda é desconhecida”, explicam os investigadores.

A equipa que estudou os fósseis no âmbar descobriu 30 artrópodes de treze famílias de insectos e aranhas. Estes representam alguns dos primeiros registos fósseis africanos e incluem vespas, borboletas, besouros, uma formiga primitiva, um insecto raro chamado zoraptera e até uma aranha a tecer a teia.

Foram também identificados fungos que viviam na árvore, bem como filamentos de bactérias e restos de floração de plantas e fetos.

Fonte:http://www.cienciahoje.pt/

Chineses encontram animal misterioso em floresta

domingo, abril 11, 2010



Você faz alguma ideia de que bicho seja esse? O animal, encontrado em uma floresta da província de Sichuan, na região central da China, não possui pelo, tem um rabo grande parecido com o de um canguru e emite som semelhante a um miado raivoso. Será que se trata de uma nova espécie animal? O bichano já recebeu o apelido de “yeti oriental” (yeti é o famoso “Abominável Homem das Neves”, que seria descendente de um rei macaco que se casou com uma ogra) - apesar de yetis, segundo a lenda, viverem na região do Himalaia e serem maior que um homem (enquanto a criatura não tem nem 1 metro de comprimento).

Cientistas em Beijing estão analisando o DNA do animal e têm esperança de que possa se tratar de uma espécie nova de mamífero. Mas tem gente que duvida. O cientista de Oxford e apresentador de TV George McGavin acha que se trata simplesmente de um animal muito doente. "Você pode ver imediatamente que ele perdeu seu pelo, provavelmente por motivo de doença. Se for realmente uma nova descoberta, eu ficaria muito surpreso”, disse ao site do jornal inglês The Guardian.

McGavin entende do assunto e até já descobriu um mamífero novo na Nova Guiné (um rato gigante, provisoriamente chamado de rato Bosavi woolly). Segundo ele, há poucos animais grandes ainda não catalogados pela ciência. Quem realmente deseja ser o descobridor de uma nova espécie e dar seu nome a ela tem chances, mas deve se concentrar em seres bem menores – microrganismos, de preferência. É esperar para ver.


Fotos: reprodução

Fonte:http://super.abril.com.br/blogs/superblog/228243_post.shtml

Google Earth permite descoberta de novos fósseis

Tecnologia permitiu descobrir mais de 500 covas em região sul-africana já explorada

2010-04-14


Google permite explorar o globo através de um click
Google permite explorar o globo através de um click
Cientistas da Universidade sul-africana de Witswatersrand descobriram um novo fóssil de hominídeos no Berço da Humanidade da África do Sul.

Para esta descoberta, uma das mais importantes do ponto de vista paleoantropológico, a equipa de investigadores utilizou a tecnologia do Google Earth.

Descobriram-se restos de pelo menos dois esqueletos de hominídeos, conservados em boas condições, que datam de entre 1,78 e 1,95 milhões de anos.


Tudo começou em Março de 2008, quando o Lee Berger, professor da Universidade de Witswatersrand, em Joanesburgo, decidiu usar o Google Earth para localizar várias cavernas e covas de fósseis identificadas por ele e por alguns dos seus colegas durante as últimas décadas.

Além disso, o uso de Google Earth permitiu localizar novos fósseis, identificando o aspecto que apresentavam os depósitos nas imagens recebidas por satélite.

Nova espécie encontrada

No início do projecto havia aproximadamente 130 covas conhecidas na região e 20 depósitos identificados. Com a ajuda do Google Earth e as suas imagens de alta resolução, Berger pôde descobrir quase 500 covas e depósitos desconhecidos até ao momento, inclusive tendo em conta que esta área é uma das mais exploradas em África.

Lee Berger, investigador principal
Lee Berger, investigador principal

Fonte:http://www.cienciahoje.pt/
Um destes depósitos deu lugar a uma descoberta de uma nova espécie, a Australopithecus sediba, que já caminhava erguida e que compartilhava muitas características físicas com as primeiras espécies do género homo.

A incorporação desta nova espécie no registo de fósseis pode dar resposta a algumas perguntas sobre os nossos antepassados em África.

Robôs do futuro sabem pedir ajuda

sábado, abril 10, 2010

Investigadora portuguesa da Carnegie Mellon
fala dos “co-bots”


Manuela Veloso
Manuela Veloso
Para Manuela Veloso, professora catedrática portuguesa da Universidade norte-americana de Carnegie Mellon, aquilo que define a próxima geração de robôs é a capacidade de decidir quando pedir “uma ajuda se faz favor”.

No seu departamento de ciências computacionais, já há dois destes “co-bots”, ou robôs de companhia, que desempenham tarefas simples, como ir buscar café, chá, água ou papéis e trazê-los de volta, e outras mais complexas, como guiar visitantes, pedindo ajuda a quem passa, conseguindo ultrapassar situações imprevistas, como uma porta fechada.

“Com os algoritmos que temos, os robôs decidem de maneira autónoma que precisam de ajuda e planeiam a quem vão pedir ajuda: aquela pessoa costuma ajudar, aquela não pode ser interrompida, aquela nunca diz as coisas certas, aquela não gosta de robôs”, explica Manuela Veloso.

“Introduzi um paradigma diferente. Agora o robô tem nos seus algoritmos a capacidade de perguntar, pedir ajuda: olhe, se faz favor, abra-me esta porta”
, diz em declarações à agência Lusa a propósito do fórum anual da associação de académicos e investigadores portugueses nos Estados Unidos que se realiza hoje e amanhã.

Em comparação, nalguns dos robôs mais sofisticados do mundo, como os “rovers” que a NASA tem em Marte, a acção é comandada à distância por humanos, não havendo iniciativa da parte da máquina. O desenvolvimento dos “co-bots” está a ser apoiado por uma empresa norte-americana – cujo nome é mantido em segredo - interessada na comercialização, que ainda enfrenta desafios.

“Estamos a fazer isto para que um dia se possa comprar. Mas não é trivial. Esta empresa está preocupada com coisas que ultrapassam a minha parte de investigação técnica”, não havendo ainda ideia precisa sobre quando possam chegar “às lojas”, diz Manuela Veloso.

Robôs  ajudam em tarefas
Robôs ajudam em tarefas
Geração "simbiótica"


Esta nova geração que a professora de Carnegie Mellon designa de “simbiótica” pode ser particularmente útil no desempenho de tarefas em locais públicos – como hospitais, museus ou no metropolitano - e em interacção com humanos. Dois anos depois do início do projecto, o passo seguinte é ter dois robôs a circular fora do departamento, em toda a Universidade. Até 2015, o objectivo é ter dez robôs operacionais.

“Foi a minha primeira paixão, torná-los autónomos. Faltava uma forma de operarem nestes ambientes muito complexos: como conseguir evitar cadeiras, mesas, não bater nas pessoas?”,
recorda a professora, que mantém uma colaboração com o departamento de robótica do Instituto Superior Técnico, onde se formou antes de ir para os Estados Unidos em 1984.

Grande adepta do programa de associação da universidade norte-americana, onde lecciona desde 1992, com congéneres portuguesas, Manuela Veloso afirma que voltar a radicar-se em Portugal é “difícil”, mas também “hoje é tudo digital, portanto interessa pouco onde se está”. “Tenho reuniões em teleconferência com o Técnico todas as semanas, há uma aluna lá com quem trabalho. E sou só um exemplo, neste programa há imensos professores norte-americanos que têm relações científicas com o Técnico, Porto, Aveiro Coimbra…”.

“Abriram-se portas incríveis para a presença científica internacional em Portugal. Muita gente aqui não sabia o que era a faculdade em Portugal e agora trabalha com portugueses”, afirma Manuela Veloso.

Fonte:http://www.cienciahoje.pt/

Dois esqueletos descobertos na África do Sul revelam nova espécie baptizada como «Australopithecus sediba»

sexta-feira, abril 09, 2010

Dois esqueletos descobertos na África do Sul revelam nova espécie baptizada como «Australopithecus sediba»


Restos dos dois exemplares encontrados
Restos dos dois exemplares encontrados
A descoberta de uma nova espécie de Australopithecus foi hoje anunciada na revista «Science». Baptizada como Australopithecus sediba, foi revelada através da análise de esqueletos de uma mulher e de uma criança com dois milhões de anos encontrados na África do Sul.

Esta descoberta pode ajudar os investigadores a perceberem melhor a evolução que deu origem ao género humano. O A. sediba (sediba significa “fonte” ou “origem” em língua Sesotho, um dos 11 idiomas oficiais da África do Sul) tem características tipicamente primitivas dos australopitecos e de seres mais avançados, como os do género homo. Os cientistas chegam mesmo a perguntar-se este é um australopiteco ou o primeiro representante do género Homo.


Lee Berger, da Universidade sul-africana de Witwatersrand, que dirigiu a investigação, defende que este se trata de um bom candidato a “espécie de transição” entre os Australopithecus africanus e o Homo habilis, ou, até, a ser o antepassado directo de Homo erectus.

Os fósseis foram encontrados entre escombros no fundo de um sistema de cavernas esculpidas pela erosão de um rio, a 40 quilómetros de Joanesburgo. Os restos mortais estavam misturados com outros animais (tigres de dentes de sabre, ratos, coelhos e antílopes).

Crânio do «Australopithecus sediba»
Crânio do «Australopithecus sediba»
Durante os dois anos de investigação, os fósseis foram submetidos a vários tratamentos para se conseguir separar os ossos da rocha em que foram incorporados.

As análises revelaram que os esqueletos tinham braços compridos, mãos curtas e fortes, pélvis bastante evoluída e pernas compridas e perfeitamente capazes se suportarem o bipedismo. Ambos mediam 127 centímetros, a mulher pesada 33 quilogramas e o jovem 27 no momento da morte.

O tamanho dos seus cérebros varia entre os 420 e os 450 centímetros cúbicos. Apesar de pequenos do que o cérebro de um humano actual (1200-1600 centímetros cúbicos) a sua forma parece ser muito mais evoluída do que a dos australopitecos já conhecidos. De resto, a estrutura óssea faz lembrar as primeiras espécies do género Homo.

Fonte:http://www.cienciahoje.pt/

Café depois do almoço pode reduzir risco de diabetes tipo 2

quinta-feira, abril 08, 2010

Substância pode dimunir a absorção de parte da glicose adquirida durante a refeição

Horário  do consumo de café revela importância
Horário do consumo de café revela importância
Beber um café após o almoço reduz em 34 por cento o risco de diabetes tipo 2 nas mulheres, segundo um estudo publicado no American Journal of Clinical Nutrition.

Apesar de existirem vários estudos que indicam que o café reduz o risco de desenvolver diabetes, este foi pioneiro a demonstrar que o horário em que o café é consumido pode interferir nesse efeito.


Para o estudo, a investigadora brasileira Daniela Sartorelli, da Universidade de São Paulo, em Ribeirão Preto, usou dados de uma pesquisa francesa que acompanhou, durante sete anos, 69 532 professoras francesas do ensino público, com idades entre os 41 e 72 anos. Todas as participantes tomavam uma chávena de café, com pelo menos 175 ml, após a refeição.

Foi verificado que as mulheres que consumiram café após o almoço tiveram um risco 34 por cento menor de desenvolver diabetes. Tanto as versões cafeinadas como as descafeinadas, com ou sem açúcar, apresentaram os mesmos benefícios.

No período do estudo, 1 415 mulheres desenvolveram a doença: 374, entre as que tomavam o café à hora do almoço e 1 051 entre as que tomavam uma quantidade menor ou que não bebiam café após a refeição.

Café fora de horas

Uma observação interessante é que o risco de desenvolver a doença não diminuía entre as voluntárias que tomavam café fora do horário do almoço ou que tomavam chá ou café com leite.

Segundo explicou a investigadora à Folha de São Paulo, existem duas explicações para este facto: “o café pode ter diminuído o risco de diabetes por atrasar ou reduzir a absorção de uma parte da glicose adquirida ao almoço, ou a bebida pode ter protegido da doença porque, depois do almoço, costuma ser consumida sem leite”.

Apesar de o estudo ter sido realizado só com mulheres, a investigadora acredita que, provavelmente, os resultados podem ser extrapolados para os homens.

Fonte:http://www.cienciahoje.pt/