Tratamento genético pode impedir manifestação do HIV

domingo, junho 20, 2010

Testes realizados nos EUA foram positivos


O  linfoma é uma das manifestações mais comuns do HIV
O linfoma é uma das manifestações mais comuns do HIV
Um estudo publicado na revista a " Science Translational Medicine" sugere que os medicamentos utilizados para combater o vírus HIV poderiam ser substituídos por tratamentos genéticos.

Esta nova técnica consiste na inserção de genes na corrente sanguínea dos pacientes, pelo que a sua aplicação pode substituir o actual regime de combinação de fármacos para impedir a manifestação da sida em pacientes infectados com o HIV, indica o estudo liderado por David DiGiusto, da Universidade da Pensilvânia (EUA).

A técnica foi aplicada em pacientes com linfoma, uma das manifestações mais comuns da infecção do HIV. Geralmente, no tratamento destes doentes, juntamente com a quimioterapia, aplica-se uma extracção parcial da sua medula óssea, seguida por um transplante dos seus próprios glóbulos vermelhos não infectados.

Resultados positivos

Quatro doentes foram submetidos a esse novo procedimento, sendo que os cientistas lhes inseriram um vector com genes antivírus, assim como células de um transplante normal.

David  DiGiusto, líder do estudo
David DiGiusto, líder do estudo
Já no interior das células, esse vector transmitiu três factores diferentes que interromperam a multiplicação do vírus. Nenhum dos pacientes revelou sintomas de intoxicação sanguínea e os glóbulos de todos mostraram expressões dos genes antivírus da sida. Além disso, 18 meses depois, o número desses antivírus tinha aumentado em dois dos quatro pacientes.

Os resultados indicam também que o procedimento é aparentemente seguro e que as células que receberam o novo material genético sobreviveram. No entanto, os cientistas admitiram que ainda existem obstáculos e que o próximo passo será assegurar que as células sanguíneas que recebem os genes de protecção contra a sida não sejam destruídas pelo sistema imunitário do paciente.

Fonte:http://www.cienciahoje.pt/

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