Descoberta molécula com forma de bola de futebol

sábado, julho 24, 2010

Fulerenos, descobertos pelo Nobel da Física de 1996, foram identificados a 6500 anos-luz

Molécula com 60 a 70 átomos de carbono encontrada no espaço (Crédito: NASA)
Molécula com 60 a 70 átomos de carbono encontrada no espaço (Crédito: NASA)

Um grupo de astrônomos detectou as maiores moléculas já encontradas no espaço numa nuvem de poeira cósmica ao redor de uma estrela. As moléculas, descobertas em laboratório há apenas 25 anos, são fulerenos e consistem em 60 ou 70 átomos de carbono organizador na forma de uma esfera, alternando hexágonos e pentágonos, o que nos remete a uma imagem semelhante à das bolas de futebol.

Como se trata de uma molécula estável, esperava-se encontrá-la em estrelas desenvolvidas e ricas em carbono. O elemento forneceria a matéria-prima da molécula e a estabilidade impediria que a mesma se quebrasse através da radiação interestelar.

Apesar da grande expectativa, ainda não tinham sido encontrados fulerenos no espaço. Foi através do Spitzer, o telescópio de infravermelhos da NASA, que o grupo de cientistas, liderado por Jan Cami, da Universidade de Wester Ontário, detectou e identificou esta molécula, segundo o artigo publicado na Science.

Harry Kroto, Nobel da Física em 1996 pela descoberta dos fulerenos, assiná-la: “Este avanço entusiasmante fornece provas convincentes que os fulerenos, como sempre suspeitei, existiram desde tempos imemoráveis nos recantos escuros da nossa galáxia”.

O sinal, que permitiu identificar esta curiosa molécula, foi originário de uma estrela de Ara, no hemisfério celestial sul, a 6500 anos-luz de distância da Terra.

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